A ORQUESTRA
Conheça mais o projeto!QUEM SOMOS
Dezesseis de janeiro de 1999, um carro azul com marcas de sangue é abandonado em uma rua próxima ao Complexo de Favelas da Maré. Os investigadores da DAS (Divisão Antissequestro), concluem, depois de alguns dias, que naquela região vivia o assassino do Maestro Armando Prazeres, que dirigia o veículo na véspera e havia sido sequestrado no bairro de Laranjeiras, Rio de Janeiro.
O que ninguém poderia imaginar é que este episódio doloroso traria para a Maré um homem que mudaria a vida de crianças e adolescentes da região. Carlos Eduardo Prazeres, filho do maestro, decidiu começar ali um dos mais importantes projetos de transformação de vida através da música, inspirado no trabalho do pai.
A escolha da região foi a forma que Carlos Eduardo encontrou de virar a página dolorosa de sua vida. Onde interromperam o sonho de Armando Prazeres, de levar música às comunidades, seu filho o fez renascer.
Assim nasceu, em agosto de 2010, o Projeto Orquestra Maré do Amanhã, que ensina música clássica a crianças e adolescentes de um dos mais violentos conjuntos de favelas do Rio de Janeiro.
O COMEÇO
Seu primeiro núcleo foi criado no Complexo da Maré, no CIEP Operário Vicente Mariano, preparando 26 crianças no ensino de teoria musical, violino, violoncelo e flauta.
Com apenas três meses de trabalho, as crianças apresentaram um resultado fantástico, realizando seis apresentações no final do ano de 2010. Nascia a Orquestra Maré do Amanhã, braço profissionalizante cujo diferencial é não ser apenas um projeto social, mas oferecer uma oportunidade real de mudança de vida para seus alunos, preparando cada um deles para o mercado de trabalho, enquanto evita que sejam arregimentados pelo tráfico de drogas.
Acima: a primeira turma do projeto (2010).
A OMA HOJE
Atualmente, somos Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio e atendemos a mais de 4 mil alunos em todo o Complexo, com presença em 24 EDIs e creches municipais, além de 6 escolas de ensino fundamental.
Nosso impacto social é estimado em 144 mil pessoas e cerca de 85% dos nossos beneficiários são pessoas pretas ou pardas.
METODOLOGIA
Após se aprimorarem com as aulas oferecidas nas escolas, os músicos passam a integrar os grupos internos, como a Orquestra Juvenil.
Com algum tempo de estudo, eles se capacitam para integrar a orquestra principal, onde recebem bolsas de estudo e são enviados para cursos do Método Suzuki, uma metodologia de ensino musical mundialmente conhecida
Assim, se tornam multiplicadores e começam a ensinar os mais jovens, também sendo remunerados por isso.
Nessa etapa, seus rendimentos podem chegar a quase 10 vezes a renda média de um morador do Complexo de Maré, de acordo com dados indicados por instituições de renome, como a Fundação Getúlio Vargas. Isso gera riqueza para a comunidade e a consequente redução das desigualdades, garantindo que não apenas permaneçam afastados de qualquer caminho errado que possa ser oferecido, mas também garantindo autonomia aos integrantes.
Rua da Proclamação 140 A
Bonsucesso
Rio de Janeiro
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