O maestro Armando Prazeres foi um músico português de renome internacional, tendo sido um dos pioneiros na realização de concertos ao ar livre, hábito que a OMA mantém vivo, e um grande divulgador da música brasileira mundo afora.

Estudou regência coral na Escola Superior de Música de Estocolmo e estagiou na Capela Sistina, no Vaticano. Em seguida, aperfeiçoou-se no Conservatório de Santa Cecília, em Roma. No Brasil, foi assistente na Orquestra Sinfônica Universitária e diretor artístico do Coral do Serviço Nacional de Radiodifusão. Também foi o criador do Festival de Inverno do Alto da Boa Vista, no Rio de Janeiro.

Ao longo de sua carreira, recebeu diversos prêmios no país e no exterior. Criou os corais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), da Rádio MEC, da Petrobras, da Empresa de Correios e Telégrafos, da Telemar, entre outros.

O artista fez história em 1980, ao reger a OSB junto a um coral de 2000 vozes na Missa Campal celebrada pelo Papa João Paulo II, no Aterro do Flamengo, evento muito lembrado até os dias atuais.

Porém, em função da violência que já assolava o Rio de Janeiro, teve sua brilhante carreira interrompida quando foi sequestrado e assassinado, em janeiro 1999. Alguns dos investigadores, na época, acreditavam que os criminosos responsáveis seriam do Complexo da Maré, local onde teria sido encontrado o veículo roubado do maestro. Com essa informação em mente, ao invés de direcionar seu pesar para a comunidade, Carlos Eduardo Prazeres decidiu fazer renascer o sonho de seu pai no mesmo local onde ele foi interrompido, criando assim a Orquestra Maré do Amanhã.