O início

Quatorze de janeiro de 1999, um carro azul com marcas de sangue é abandonado em uma rua próxima ao Complexo de Favelas da Maré. Os investigadores da DAS (Divisão Antissequestro), concluem, depois de alguns dias, que naquela região vivia o assassino do Maestro Armando Prazeres, que dirigia o veículo na véspera e havia sido sequestrado no bairro de Laranjeiras, Rio de Janeiro.

O que ninguém poderia imaginar é que este episódio doloroso traria para a Maré um homem que mudaria a vida de crianças e adolescentes da região. Carlos Eduardo Prazeres, filho do maestro, decidiu começar ali um dos mais importantes projetos de transformação de vida através da música, inspirado no trabalho do pai.

A escolha da região foi a forma que Carlos Eduardo encontrou de virar a página dolorosa de sua vida. Onde interromperam o sonho de Armando Prazeres, de levar música às comunidades, seu filho o fez renascer.

Assim nasceu, em julho de 2010, o Projeto Orquestra Maré do Amanhã, que ensina música clássica a crianças e adolescentes de um dos mais violentos conjuntos de favelas do Rio de Janeiro.

 

COMO COMEÇOU

Seu primeiro núcleo foi criado no CIEP Operário Vicente Mariano, na Baixa do Sapateiro, uma das 16 favelas do Complexo da Maré. Começamos preparando 26 crianças no ensino de teoria musical, violino, violoncelo e flauta.

Com apenas três meses de trabalho, as crianças apresentaram um resultado fantástico, realizando seis apresentações no final do ano de 2010. Nascia a Orquestra Maré do Amanhã, um projeto socioeducacional com objetivo profissionalizante cujo diferencial é oferecer uma oportunidade real de mudança de vida para seus alunos, preparando cada um deles para o mercado de trabalho, enquanto evita que sejam arregimentados pelo tráfico de drogas.

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Primeiros dias

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A primeira turma

Tudo mudou de proporção após uma participação no programa “Caldeirão do Huck”, da TV Globo, em que foi noticiado que estávamos buscando patrocinadores para manter o projeto. Na ocasião, fomos notados por uma grande empresa que resolveu nos apoiar.

Com a chegada desse parceiro, em 2012, foi possível ampliar o tamanho da Orquestra, incluindo os naipes de viola e contrabaixo, e também o número de alunos, de 26 para 78 atendidos.

Nas fotos a seguir: nossa primeira sede, um container dentro do CIEP Operário Vicente Mariano, e a visita do presidente da State Grid .

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