A orquestra hoje

Atualmente, somos Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio e atendemos a mais de 4 mil alunos em todo o Complexo da Maré, com presença em 24 EDIs (Espaços de Desenvolvimento Infantil) e creches municipais, além de 6 escolas de ensino fundamental.

Nosso impacto social é estimado em 144 mil pessoas e cerca de 85% dos nossos beneficiários são pessoas pretas ou pardas.

Após a nossa mais recente série de concertos por Pequim, na China, contabilizamos um total de quatro turnês ao longo de nossa história, somando dez países. Essas ocasiões, além do intercâmbio cultural proporcionado aos alunos, que têm aulas com músicos renomados e podem também assistir a outros grupos de música clássica mundialmente conhecidos, também são uma importante forma de exportar a cultura brasileira nascida nas favelas, muitas das vezes tão negligenciada.

Além disso, temos hoje um segundo núcleo da OMA, em Oriximiná/Porto Trombetas, no Pará. No local, atendemos crianças de comunidades quilombolas e ribeirinhas da região, promovendo um trabalho com os mesmos padrões de qualidade que já foram validados no Rio de Janeiro.

 

JORNADA DO ALUNO DENTRO DA OMA

Tudo começa nos EDIs e creches municipais, com as aulas básicas de música e musicalização infantil. Todas as crianças do Complexo da Maré, matriculadas em uma pré-escola, tem aulas de iniciação musical com nossos monitores – aqueles 26 que começaram conosco em 2010.

Nesses primeiros anos de contato com a música, nossos monitores vão identificando os que demonstram aptidão para se desenvolverem. Dessa forma, ao saírem da pré-escola para o ensino fundamental são direcionados para as seis escolas onde o projeto mantém núcleos de orquestras mirins.

Após se aprimorarem, os músicos podem passar a integrar os grupos internos, recebendo aulas em níveis mais elevados e tendo aula com nossos professores já em nossa sede, estando diretamente ligados à OMA.

O próximo passo é a Orquestra Juvenil, formada pelos alunos mais jovens que se destacaram nas etapas anteriores. Nesse momento, eles já começam, através da prática de orquestra, a atuarem em um nível mais próximo do profissional, com ensaios regulares, instrumentos próprios e ainda mais aulas durante a semana.

Após mais algum tempo de estudo, eles estão aptos a realizar uma prova e integrar a orquestra principal, chamada de camerata, onde recebem bolsas de estudo e são enviados para cursos do Método Suzuki, uma metodologia de ensino musical mundialmente conhecida, para que se tornem, num futuro próximo, monitores/multiplicadores na região.

DSC 1992

Quando passam a estudar em nossa sede, recebem atendimento com psicólogos profissionais, sempre presentes e dispostos a ajudar, além de contarem com bolsas de estudo, para não abandonarem o projeto, e plano de saúde.

Além disso, a OMA orgulhosamente é uma das poucas orquestras no mundo que oferece atendimento fisioterápico constante e gratuito para seus integrantes, com equipamentos de última geração.

A etapa final dessa jornada é quando os alunos se tornam, então, multiplicadores, ao passarem a dar aulas para os mais jovens, sendo também remunerados para tal.

Nessa etapa, seus rendimentos podem chegar a quase 10 vezes a renda média de um morador do Complexo de Maré, de acordo com dados indicados por instituições de renome, como a Fundação Getúlio Vargas. Isso gera riqueza para a comunidade e a consequente redução das desigualdades, garantindo que não apenas permaneçam afastados de qualquer caminho errado que possa ser oferecido, mas também garantindo autonomia aos integrantes.

%

Número de beneficiários pardos ou pretos

Número estimado de pessoas atingidas pelo impacto social

DSC 3513
DSC 3731
DSC 3631 1
DSC 2142